Quem sou eu
- JL Santos
- Cidadão Brasileiro, com muita honra e felicidade. Carioca da gema, nascido no subúrbio de Realengo, local por onde o Cantor, Compositor e Ministro Gil, começou a abraçar o Brasil. Em outro subúrbio fui criado - Guadalupe - onde também moraram Caetano Veloso, antes de andar "sem lenço e sem documento", e João do Vale, aquele do "Carcará / pega mata e come". Atualmente, moro no Centro do Rio, fazendo limites com o Estácio, Santa Teresa, Central do Brasil e Lapa. Quase Jornalista, quase Administrador de Empresas. Professor do Ensino Fundamental, que nunca chegou a exercer o magistério. Advogado por profissão, pós-graduado em Direito do Trabalho e Sindical. Poeta por opção e vontade. Pai de três filhos lindos e criados, cada um de uma relação diferente. Religião Espírita, a única que respondeu a quase todas as minhas indagações existenciais. Através do Espiritismo despertei para a necessidade de praticar a caridade, o que hoje faço em diversas frentes de trabalho voluntário. Ah, sem esquecer de ser caridoso comigo mesmo, em primeiro lugar. Alguém em busca do auto-conhecimento. Alguém no difícil aprendizado do Amor, tal como foi exemplificado pelo Mestre Jesus.
domingo, 31 de outubro de 2010
A MORTE DA ESPERANÇA
- por JL Semeador, em 18/01/2010 -
A BUSCA DA FELICIDADE
- por JL Semeador, em 17/10/2009 -
A BORBOLETA
Primeiro, numa das muitas prateleiras de livros, sempre desarrumados.
Depois, voejou pelo quarto, instalando-se em meu ombro, íntima e confortavelmente.
Recuperado do espanto, permaneci imóvel, temendo espantá-la.
Por mais de uma hora, abstraídos de tudo ao redor, quedamo-nos nessa insólita situação; até que ela, serena e majestosamente, alçou de novo voo, de volta à imensidão cinzenta de onde saíra, indiferente ao frio, à chuva e à minha solidão.
- por JL Semeador, em 25/09/2009 -
O FANTASMA DO MAJOR ALCIDES
Alta madrugada, desperto com um barulho insólito no corredor, em tudo diferente da movimentação rotineira da equipe médica de plantão.
Ainda sonolento, corro até a porta do quarto, a tempo de ver, pelas costas, um senhor de idade, pijama de calças curtas, empurrando o próprio suporte do soro, a caminho do posto de enfermagem, localizado no final do corredor, completamente vazio a essa hora.
No momento, não encontrei nenhum motivo de estranheza no fato, pensando, o cara não deve estar passando muito bem e saiu em busca de auxílio.
De manhã, ao comentar o acontecido com a enfermeira que deixava o plantão noturno, ela me disse sorridente: "ih, você deve ter visto o Major Alcides que, desde que morreu aqui no hospital, insiste em caminhar de madrugada por esses corredores".
- JL Semeador, em 20/08/2009 -
JUÍZO FINAL
Bruscamente, o silêncio do quarto é interrompido pelo som do rádio-relógio digital: ... lá vem o sol, uma versão do Lulu Santos para uma antiga canção dos Beatles.
Apesar de desperto, não se levantou, deixando-se ficar deitado, a ouvir as notícias da cidade naquela manhã de segunda-feira.
Dez minutos depois, já de novo imerso em sono e sonhos, o rádio impertinente, travestido de despertador, voltou ao ataque. A música agora é um roque dos Titãs, Epitáfio.
Pronto, foi o quanto bastou para ele sentir-se morto de vez.
Assim, morto, atirou o rádio pela janela, tartamudeou a Marcha Fúnebre de Chopin e deixou-se ficar na cama, que elegeu por túmulo, até o momento de soarem as trombetas do juízo final.
- por JL Semeador, em 17 de agosto de 2009 -
AMOR IMORTAL
Aliás, o que ela mais gostava era de tudo que ele fazia com ela, para ela. Sempre de modo inesperado, às vezes, brusco, mas sempre instigante, intenso, nunca banal.
E o tempo, benevolente, só fazia aumentar esse modo lindo de viver.
Até que um dia, como sempre costuma acontecer, tudo definhou, acabou, nada mais restando de tanta beleza.
Porém, ainda não fora o fim. Das cinzas, um novo amor surgiu, bravo e audaz como uma Fênix; imortal e sublime como nunca antes se viu.
- por JL Semeador, em 02/8/2009 -
O BEIJO
Não restou pedra sobre sobre pedra, depois do cataclisma. Nem árvores, nem prédios sobreviveram; a não ser os amantes, esquecidos da vida, num beijo.
- por JL Semeador, em 30/07/2009 -
UM DIA QUALQUER
Mesmo assim, ele insistiu em sair da cama; em tomar o seu café fraco e sem açúcar, passado sobre o pó antigo, ali no coador de pano desde ante-ontem; e em vestir suas roupas fedidas e amarfanhadas, há tempos esquecidas dos benefícios da água e sabão.
Mais tarde, na rua, último cigarro do maço apagado entre os lábios, notou que não conhecia aquela cidade escura e feia em que acordara; que nunca ouvira a língua estranha que os passantes desconhecidos falavam, que jamais fora aquele que agora andava sobre as próprias pernas.
- por JL Semeador, em 26/07/2009 -
GRIPE SUÍNA
Falou-me, conversando na esquina,
Quero pegar a tal de gripe suína,
Assim, terei assistência médica.
- por JL Santos, em 09/05/2009 -
SEGUNDA-FEIRA - Acróstico
Enforcada
Gera
Uma preguiça
Nacional.
Dia
A mais pra descansar.
Foi mal.
Eu terei de trabalhar.
Isso não é justo.
Reclamo
Aos céus.
- por JL Santos, em 19/04/2009 -
NO PRINCÍPIO ERA A VERBA - Poesia Concreta.
No princípio era a VERBA!
Depois a VERB
a VER
a VE
a V
a
. . .
Pois é, depois roubaram tudo!
- por JL Santos, em 06/03/2009 -
POESIA DO TATU TATUADO
andando taciturno
pros lados do Tatuapé,
comendo tatuí frito.
Eu, que não sabia como o tatu tava,
tatibitei uma pergunta tonta,
que o tatu respondeu tartamudeando:
Tá tudo bem!
Sigo cumprindo o estatuto,
vivendo sob o meu teto,
querendo comer tutu.
- GATOSO -
Melhor, sou um gatoso:
gato idoso,
porém, menino na alma,
sofrendo de arritmia,
um tanto inquieto,
que de tudo reclama,
nunca se acalma
dentro de si
ou de lugares,
escapando por aí,
bem esperto,
pelas janelas da poesia.
- CORAÇÃO ATRAPALHADO -
Meu coração,
não sei bem o por quê,
anda todo atrapalhado,
vivendo na mais pura manha.
Não é que esse danado,
acredite ou não você,
bate tão descompassado,
que, chega a ter ocasião,
ao invés de bater, apanha.
por JL Santos, em 13/11/2007 -
A REFORMA DA CASA - Poesia
Reforma também a própria alma.
Sendo, o começo do drama
O primeiro balde de massa
Virada pelo pedreiro,
Esse sujeito prepotente,
Que leva nosso dinheiro,
Mas que na alma da gente
Deixa profundas seqüelas,
Junto com nuvens de poeira,
Que gruda em móveis e panelas,
Nos sepultando a alegria.
Talvez, nem seja pelo balde,
Que nos começa o tormento.
Acho, mesmo, que o terror nos invade
Quando vemos o orçamento.
E tem, também o eletricista,
Para quem, nenhum fio presta.
Corta fio, fio corta
Fazendo romper a comporta
Da nossa, já tão pouca, sanidade,
Que passa a querer tão-somente
A casa antiga, de volta, como objeto de felicidade;
Para não ficar, de uma vez por todas, demente.
- por JL Santos, em 05/02/2008 -
sábado, 30 de outubro de 2010
DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DE ACESSO, GOZO E FRUIÇÃO DA PALAVRA ESCRITA.
2º - A palavra escrita será acessível a todas as pessoas, que deverão lê-las e interpretá-las mediante seu próprio entendimento e vontade, sem normas impostas de qualquer espécie, por quem quer que seja, independente da autoridade que se arvore, seja civil, religiosa, militar, ou carnavalesca.
3º - É obrigação imperiosa de qualquer governo, de qualquer lugar do Planeta, sob pena de cegueira e surdez, prover aos seus cidadãos os meios necessários à alfabetização plena.
§ único – Os portadores de necessidades especiais, incluindo-se os ignorantes de todo gênero, terão prioridade na aplicação dos recursos e implementos contidos na presente declaração.
4º - Os livros serão considerados, à partir da presente data, artigos de primeira necessidade, tanto quanto alimentos, remédios, discos e vinho, havendo locais públicos, abertos dia e noite, destituídos de portas, onde eles poderão ser lidos, manuseados, retirados e não devolvidos, ou acariciados por todos, inclusive, pelos ainda analfabetos.
5º - A Literatura e Poesia passam a ser consideradas sagradas, e os seus agentes apenas considerados arautos da divindade, que não mais terá nome específico, podendo ser denominada por qualquer dos nomes hoje existentes (Deus, Jeová, Brama, Oxalá, Alá, Zoroastro, etc.) ou por outros quaisquer nomes que venham a ser inventados.
§ único - A divindade, qualquer que seja o seu nome, bem como todas as religiões, poderão ser livremente criticadas ou negadas, que o homem é livre em suas manifestações de pensamento, delas somente prestando contas ao tribunal de sua consciência; não cabendo a nenhum crente, simpatizante ou prosélito sentir-se humilhado ou ofendido pelo que for dito por quem quer que seja no exercício de sua legítima liberdade de expressão, pois a sandice de hoje, bem poderá ser a verdade de amanhã.
6º - Todos, mas todos mesmos, são iguais perante a Palavra Escrita, independente de religião, ideologia, crença, achismos, profissão, preferências gastronômicas, títulos acadêmicos, opção sexual, raça, loucura ou sanidade, podendo dela fazer uso ao seu bel prazer, inclusive, usando-a como vestimenta, a ninguém sendo permitido negar a sua mais livre expressão.
7º - Esta lei independe de publicação pra entrar em vigor, pois é direito integral e inalienável de todo ser humano, como o ato de respirar ou de ser feliz.
8º - Ficam revogadas todas as disposições em contrário, mas com muito carinho, afeto e doçura, que a força tem-se demonstrado, ao longo da toda a trajetória humana, incapaz de promover a paz e a concórdia.
- redigido por JL Santos, auto-proclamado Ministro do Superior Tribunal da Poesia, em 16/09/2008, no Planeta Terra, o terceiro a partir da estrela de 5ª grandeza, que chamamos de Sol – Via Láctea, aproximadamente 300.000 anos desde o advento da fala.
PS. Meus agradecimentos a Hamurabi, Sócrates, Platão, Rousseau, Voltaire, Diderot, Danton, Luther king, Mandela, aos que promulgaram em 1948 a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, aos que redigiram todos as constituições democráticas e textos religiosos do planeta e, especialmente, ao Poeta Thiago de Mello, pela inspiração
- POEMA ORGÂNICO - ou - POLITICAMENTE CORRETO - (reescrito)
Nesses tempos de exigências especiais,
tempos de ser politicamente correto
em todas as situações e momentos,
decidi fazer um poema orgânico,
sem cacofonias, sem vícios de linguagem,
sem agrotóxicos ou chuva ácida,
em estilo livre, sem a discriminação da métrica,
pelo que, obviamente, desisti de dar-lhe a forma de soneto.
Um poema, enfim, para ser lido
por toda gente,
de todas as opções sexuais
- (todas as seis bilhões e meio existentes,
uma para cada habitante do planeta) -
gente de todos os credos e ideologias,
todas as culturas e nacionalidades,
de todas as raças e tamanhos:
índios de tênis adidas e óculos escuros,
mulatas faceiras,
passitas de escolas de samba,
gerentes de bancos,
balconistas do maquidonaldi,
negros de 0,01 a 99,99% de pureza,
judeus com crise de identidade,
militantes petistas,
feministas desvairadas,
crianças abandonadas,
travestis,
loiras,
morenas,
donas-de-casa,
população em momentânea situação de rua,
estelionatários,
terroristas xiitas,
machistas desencontrados do amor,
carecas,
coxos,
desdentados,
sem esquecer uma só categoria,
um segmento social sequer,
a nenhum excluindo,
a todos satisfazendo,
sem qualquer forma de preconceito,
a não ser, o pior de todos,
o de a todos procurar atender.
E se depois de tanto empenho
ainda restar no meu poema,
um leve toque de homofobia,
um resíduo de gordura trans,
quantidade excessiva de colesterol,
palavras dúbias ou vãs,
excesso de besteirol,
algo dito ou subentendido
em seus versos desconexos,
confesso a total incapacidade,
desse meu sonho utópico,
dessa minha tentativa frustrada
de reunir, num ato heróico,
essas cautelosas palavras,
hoje em dia encarceradas.
- O PODER DO SORRISO -
Tava muito cheirado
Tresoitão e canivete
Falei, mesmo assustado
Tome tento menino
Vê se te orienta
Saiba, que um sorriso
Pode mais que o teu PT 380.
- por JL Santos, 08/05/2008 -
INFLUXO DE MAGIA
Um influxo de magia
Momentos de pura dor
Ou momentos de alegria
Tudo na sua hora
Nada fora do lugar
Se a solução demora
Não se deve de desesperar
Sempre seguir em frente
Sem desânimo ou rebeldia
É regra sábia e prudente
Para alcançar paz e harmonia
Nascidas bem dentro da gente
Onde nem se supusera
Enraizadas em nós solidamente
E florindo vida à fora
Assim, forte e sereno
Sentimento de dever cumprido
O dia nasce ameno
No silêncio do coração enternecido.
Morte, vida, partir ou chegar
Um poeta já declarou firmemente
Fazem parte de um mesmo lugar
Onde passará toda gente
Dependendo o final da caminhada
Do amor que pela vida semeamos
De nosso diálogo sincero com a vida
De nossas respostas aos acenos de Deus.
- por JL Semeador e Denise Pires
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
PARA BEATRIZ (que acaba de nascer)
Aquela que vem para fazer feliz
todo aquele que dela se aproximar.
Ei-la que, espelendorosa desperta,
depois de nove meses de sonhos; certa
do seu sublime destino: tão somente amar.
Também te rendo graças.
Benvinda à Terra e suas lutas.
- por JL Semeador, em 05/08/2009
SINGULARIDADES
as nossas muitas diferenças:
Modos de ser de mais ninguém.
São tantas as singularidades,
tantas as opiniões diversas,
mas, que não afetam as possibilidades
de, juntos, construirmos um obra,
onde o amor haverá, de sobra.
- por JL Santos, em 19/05/2009 -
A ÚLTIMA ESTRELA
Junto com a madrugada de silêncios;
Porém, sua lembrança permanece bela,
Entre os sons que me chegam, longínquos.
Da escuridão, quase mais nenhum sinal;
O sol insistindo em renovar a vida.
Só meu pensamento, ainda sonolento e febril,
Não ousa compartilhar o rubor da alvorada.
Sinto-me faminto, o cheiro de café forte,
Vindo do apartamento da vizinha ao lado,
Devolve-me a calma e a lucidez; o norte
Que, por instantes, perdera na noite.
Espécie estranha de sono, conturbado.
Algo que nunca mais quero: Açoite.
- por JL Semeador, na madrugada de 07/05/2010
SONETO PARA TE DIZER UM SEGREDO
Hoje quero te contar da minha ânsia,
De tudo o que em mim se faz enredo,
Em trama espessa de vida e alegria.
Hoje, mas não seria sempre, eu quero
Falar das coisas recônditas e raras:
Questões que, no dia-a-dia, adultero,
Tentando fugir de amaras lembranças.
Hoje, também quero falar de sonhos,
De metas, esperança e coragem de viver,
Mesmo, diante de pesadelos medonhos,
Que nos incitam, por vezes, ao desespero.
Quero, hoje, falar de um mundo muito melhor,
Construído com alegria, tolerância e esmero.
- por JL Semeador -
SONETO - IMPERFEITO - PARA UM AMOR BANAL
- Qual Penélope a esperar Ulisses -,
Com um tênue fio azul celeste:
A cor das mentiras que me dizes.
Milhares, porém, são meus enganos.
Infinitas, do amor, as possibilidades;
Demasiados, os meus pobres anseios
E as minhas tolas perplexidades,
Que, a cantar, me obrigam:
- na intensa e fria madrugada -
Uma canção desmesuradamente vâ:
Retrato de um amor banal;
Um desses, que se inventam do nada
E, sem nem começar, encontram ponto final.
- por JL Semeador -
DOMINGO NO ÔVO
Feito pinto dentro do ôvo.
O sol nasce sem alarde,
A paz se faz sem estorvo.
No rádio, música bonita, difusa.
Guitarra jogando conversa fora.
Apuro o ouvido, é Cazuza
Me avisando que chegou a hora!
Hora de quê?
Tomar café com leite?
Sentir falta de você?
Subir Santa Tereza?
Entregar-me à preguiça, em deleite?
Ou rever toda e qualquer certeza?
JL Santos, em 11/04/2009 -
E QUANDO O AMOR NÃO VEM ??
Quando dele nos desencontramos,
Trilhando caminhos sem ninguém,
Insistindo em sentimentos antigos?
E quando o amor escorre
Para dentro do ralo da rua,
Deixando uma dor que não morre,
Rompendo a carne, feito pua?
E quando tudo escurece,
Como noite densa e fria
E a verdade nos bate na face?
São nesses doloridos instantes,
Quando cessa toda algaravia,
Que as verdades eclodem, dilacerantes!
- por JL Santos, em 07/04/2009 -
SONETO DO PURO ESPANTO
Meus dedos tremem descontrolados
A mente vagueia tonta, em desacerto
O ar sai-me dos pulmões em sopros
Nada, em mim, encontrando o ritmo.
Lá fora, igualmente, a vida desarrumada
O vento sopra esquisito, de revesguelha
A chuva cai invertida, não molhando nada
O sol acendeu triste debaixo de uma telha.
Espanto, puro espanto e medo na cidade
Ninguém sabe a que atribuir o estranho fato
Mais que surpresa, indecente novidade
Que salta de dentro de fétidos bueiros
Atingindo as luzes e ofuscando a claridade
Dos postes bêbados que ficaram cegos.
- por JL Santos, em 30/03/2009 -
SONETO DA MANHÃ CINZENTA
Sem tempo nem de olhar para mim,
Perdido num viver conturbado,
Onde as referências se esvaem
Em nichos escondidos e estanques,
Como se todos os olhos escurecessem
E todas as mãos se fizessem inúteis
Ao final de uma longa viagem.
Assim vago na manhã cinzenta:
Famoso trapezista, hoje esquecido,
Depois de errar uma simples pirueta;
Imagem desconhecida no espelho da pia,
Sucessão de eventos no filme rebobinado,
Desfile de imagens de fingida alegria.
- por JL Santos, em 29/03/2009 -
A CALCINHA BRANQUINHA DA MINHA AMADA
guarda um flor.
Rosa, pelo orvalho umedecida,
à espera do amor.
Saudade da tua ternura estreita,
do teu suspirar, enquanto gozas,
de forma nada discreta,
parecendo que transbordas
De dentro do corpo em tremores,
de onde a alma escapa, em êxtase,
exalando pelos ares,
E deixando, na lembrança, perfume
intenso, a perfeita dose,
para o meu desejo e fome.
- por JL Semeador
FLOR INTOCADA
Ela, uma flor delicada
Ele, um desejo intenso
Ela, ainda intocada.
Ele atraiu-a
com olhos de serpente,
E possuiu-a,
sem pedir, mas docemente.
Depois do susto,
e do grito,
um pacto, apaixonados:
Dali pra frente, sempre juntos.
- por JL Semeador -
TEU CORPO, MEU ADEREÇO
Ao sentir o teu corpo
colado ao meu
como se dele fosse
o mais lindo adereço.
O calor da tua respiração
penetra-me as narinas
que se dilatam
felinas
feito as de uma fera
que se prepara
para devorar sua presa.
Minhas mãos
se fazem ousadas
invadindo-te a intimidade
sem qualquer permissão
te deixando marcas
na pele clara
maravilhada
com a intromissão.
Meu falo ereto
entre tuas coxas mimosas
procura por tua fenda
pulsante
na ansiedade do instante
em que o amor
se faz fogo intenso
e - sem nunca perder a classe -
perde
a reserva
e o pudor.
JL Santos
DESEJOS
Assumo os meus desejos,
os meus prazeres,
os meus quereres,
mesmo, os mais inusitados;
tudo o que me alimenta
a libido
e o sentido de ser gente;
o que me impede
de me quedar demente;
o que mata,
de verdade,
a minha sede.
- por JL Semeador, em 26/10/2009 -
AQUELA MORENA
Quando vejo
passar,
toda manhã,
aquela morena,
espalhando perfume no ar
e com sua graça no andar,
redescubro a alegria sã,
o mais límpido desejo,
o verso que mais vale a pena. . .JL Santos
O CÉU É A NOSSA CAMA
Para a gente, que se ama,
Que fazer amor gostoso,
Como se o céu fosse a nossa cama.
Abrem-se os portões do éden,
Ao som de divinas melodias:
É o som que escapa, selvagem,
Das nossas bocas sequiosas,
Unidas em plena sintonia,
Que, por todo o corpo, se irradia,
Num crepitar crescente;
Chama sem controle, de tão ardente.
Enfim, te penetro a vulva,
Que se abre pulsante, elétrica,
Envolvendo, feito uma luva,
Em um único sorvo, toda a minha pica.
O céu é a nossa cama:
Segredo só nosso, bem guardado.
Você, minha puta, esquece que é dama.
Eu, perdido em você, teu homem apaixonado.
- por JL Semeador, em 12/08/2009 -
FLOR DA PELE - Acróstico
L abaredas envolvem-me,
O ndas de desejo
R oçam-me a pele,
D ominando-me,
A guçando-me os sentidos.
P erdido,
E nlaço-me a ti,
L evitando
E m prazer e gozo.
- por JL Santos, em 02/04/2009 -
POEMA IMPUDICO ou DESPUDORADA BAILARINA
Esta mulher, que se despe num vestido
delirantemente colorido
feito de luzes esfuziantes
é a mais perfeita das namoradas
A mais completa
de todas as amantes.
Aquela, que me oferta
as tetas ávidas
À insaciedade das minhas mãos,
à sede da minha língua indiscreta,
que se lhe percorre todo desvão,
que se lhe introduz em qualquer greta
Do seu corpo sinuoso
feito ondulante serpente,
que no meu se enrosca ansioso,
num assomo de desejo crescente.
Mulher com alegria de menina.
Segredo que só eu sei desvendar.
Em meu falo, faz-se linda bailarina.
Em minha vida, um renovado despertar.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
BOUQUET DE MAGIA
reservada,
safra especial,
ano de muita luz e sol,
regado por chuvas
suaves e benfazejas,
de textura leve e fugidia,
doces toques de alegria,
a imprimir nas papilas
sabores de vento
e um bouquet de magia,
associado a flores matinais,
que se espraia pelo ar.
Tenho duas taças
imaculadas,
do mais fino e transparente cristal,
para brindar a esse encontro
de bocas insaciadas,
em que trarei todos os sonhos,
todos os anseios
represados da paixão,
todos os calores
que secam lágrimas e suores,
todas as mãos que percorrerão
tua pele,
teu corpo,
teu coração,
como o rio percorre
e esculpe o vale.
- por JL Santos
- FLOR-MULHER -
Sentada na minha pica
Linda e enlouquecida
Na boca a palavra crua
E a gargalhada sapeca
De mulher feliz da vida.
Te quero desvairada
Fêmea sem nenhum pudor
Suor encharcando a pele
Gemendo alucinada
Desejo que te impele
A se abrir feito flor.
COITO DE PLENILÚNIO
Um beijo desses babado
Um arrocho contra a parede
Um tesão doido, uma sede
Uma vontade bem desvairada
De morrer no teu corpo, ó amada
Num coito de plenilúnio
Tornado, furacão, redemoinho ...
Depois, amanhecer claridade
Menino sem retrocesso de idade
Criança brincando na rua
Estrada-você, toda nua
Encanto infinito nos olhos
Agora exaustos, cerrados
Para não acordar da voragem
Que todo o teu ser contém.
- por JL Santos, em 22/04/2007 -
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
VIDA LOUCA VIDA - Acróstico
I ndo de encontro ao sonho
D ando bananas ao vento
A fagando teu corpo lindo.
L á fora há um mundo inteiro,
O nde residem os nossos anseios.
U m buquê de flores impudicas,
C ada qual com seu lúbrico cheiro,
A aguçar despudoradamente os sentidos.
V ale a pena saltar o muro,
I mpedimento à visão da estrada.
D epois do salto, asseguro
A vida existe em revoada.
- por JL Santos
DOCE ROTEIRO
fazendo amor comigo
ao som que vem da rua.
Quero penetrar tua vulva, teus sonhos
ser teu amor, teu amigo
na cama bem enroscados.
Teu coração no meu compassado
brincando com teus mamilos
sem nunca lembrar do passado.
Teu sexo na minha boca
você sem susto ou perigo
gritando de quase louca.
Meu falo em tua boca ansiosa
sentindo-se em doce abrigo
você me sorvendo gulosa.
Sonho te dizer mil coisas
que nunca te disseram ao ouvido
enquanto gozas.
- por JL Santos
ACRÓSTICO EM HOMENAGEM AO CRISTO REDENTOR
DENTRO DE TEU ABRAÇO
que pensei não viria. . .
DENTRO DE TEU ABRAÇO
Nessa madrugada vazia,
deserta de inspiração,
em que não me vem a poesia,
até o sono perdeu-se na imensidão.
Se dormisse,
no sonho, talvez rabiscasse
uma ou duas linhas,
palavras, que se fariam amigas,
Fazendo-se, acalanto
à alma que geme,
que pede o calor de teu peito,
Para, dentro de teu abraço,
reencontrar minha paz, meu leme
e o reconforto de meu cansaço.
- por JL Semeador, em 04/10/2011, na Lapa, onde até a falta de inspiração se torna inspiração de minha poesia -
PAIXÃO
deixa eu te dizer:
paixão não pede licença,
entra no coração da gente,
se instala
e quando você vai ver,
ela está lá,
senhora absoluta
do nossos sentimentos.
Se não,
não seria paixão. . .
- por JL Semeador, na Lapa, lugar de paixões intensas e inesperadas, em 31/01/2011, revisado em 14/09/2011 -
NOVOS TEMPOS DO AMOR
Coisas decididas no momento
Ao murmúrio do vento
Ao incessante fluir do amor
No que era conhecido, novo sabor
No que era feio e vestuto
Fez-se beleza estonteante de flor
Que não se desfaz no tempo
Tudo diferente, tudo novo e melhor
Passei a olhar a vida do alto
O futuro não mais me causa horror
Teu beijo é meu bálsamo regenerador
No teu corpo, que encerra as belezas do Olimpo,
Da paz e da poesia, tornei-me semeador. . .
- por JL Semeador, em 10/09/2011, na Lapa, lugar de amor, paz, flores e semeaduras -
BRASIL: ESSE É O MEU PAÍS!
A brisa vem e me diz
Que aqui é o meu lugar
E mesmo que outro eu tente encontrar
Outro país como esse não haverá
Com esse infinito colorido
Essa mistura de cores e raças
Esse jeito hospitaleiro
Como o Redentor
Sempre de braços abertos
Que define o brasileiro
Operário da alegria e do amor
O tempo inteiro.
Brasil de tantas culturas
Praias de raras belezas
Tantas, que algumas
nunca chegarei a vê-las
Dos ritmos em profusão
Frevo, maculelê, carimbo
Lá pras bandas do Pará
Catira, fandango e chula
Ao som da gaita do gaúcho
Samba rasgado no terreiro
Tudo isso é um luxo só
Alegria maior de ser brasileiro.
No domingo, o futebol que alucina
Na mangueira, o canto de um azulão
Feijoada no almoço com os amigos
Guaraná do amazonas pra criançada
Doce com queijo-de-minas na sobremesa
Conversa comprida em torno da mesa
Quem chegar é bem-vindo
Pois no meu país, que é lindo
Vivem a paz e o amor em revoada.
E mais não conto
Por excesso de emoção
Eu amo todos os cantos
Todas as matas
Todos os rios
Todas as cidades
Todas as ruas
Desse meu imenso rincão
E hoje nesse poema
Que fiz com um nó na garganta
Uma certeza desponta
Expressa na minha rima
Brasil, será sempre teu meu coração.
- por JL Semeador, brasileiro com muita garra, na Lapa, um pedaço de terra com a cara do Brasil -
ESSA NOITE CHOVEU PAZ
Do céu, que se fez cor de prata,
Desceram gotas de luz,
Iluminando a cidade e a mata.
Quem estava dormindo, perdeu.
No noite de domingo, madrugada, quase,
Algo mais bonito, creio eu,
Somente, se o paraíso, agora, fosse.
Fui embora pra casa imerso
em amor, luz e poesia.
Livros, poetas e versos,
eram os motivos de tanta alegria,
Naquela noite única, quase fria,
em que, o desamor e a violência,
à vida, deram uma breve trégua,
choveu paz, ao invés de água.
- por JL Semeador, na madrugada de 0/09/2011, na Lapa, sob a inspiração de um poema da amiga Vanda Ferreira, a Bugra Sarará, e ainda sob os eflúvios da noite de domingo na Bienal do Livro -
AMOR INFINITO
Nada do que me deres, será pouco.
Pois, quando os sentimentos obedecem à escala do infinito,
Mensurá-los, é tarefa para um louco.
O meu amor por ti é uma nova invenção,
Que edifiquei, pacientemente, ao longo de minhas esperas.
Teu amor por mim, pura surpresa, emoção
E descoberta, de quem, de tamanha façanha, nunca supusera.
Somos complementares, em nossas diferenças.
Seres que se procuravam sem que disso tivessem ciência.
Um sem o outro, hoje, impossível a existência.
Os dois, juntos, poder incontrolável, a não haver quem vença.
Enfim despertado, do sono e da apatia
Que me foram, por tanto tempo, companheiros;
Ouso dizer que és a fonte de minha paz e harmonia.
Quanto a mim, só quero te cuidar, ser o teu fiel Jardineiro.
- por José Luiz de Sousa Santos, o JL Semeador, na Lapa, de todas as músicas e amores -
POEMINHA EM HOMENAGEM A VINÍCIUS DE MORAES
Para fazê-lo ainda maior
Sempre concreto, nunca adjetivo
Com cheiro de flor, a rima melhor.
Quem, desde cedo, assim me ensinou
Foi o nosso mais que amado Poetinha
O homem que mais, às mulheres, amou
tornando-se, do amor, a imagem perfeitinha
Com ele aprendi, que amor é amorzinho
No diminuitivo, para conter mais afeição
Minha namorada é sempre meu benzinho
Sem limites ou represas do coração
E assim sigo compondo meus poeminhas
No intento de cantar o amor em paz
Expressando o amor em palavrinhas
Seguindo a receita do Mestre: Vinicius de Moraes.
- por José Luiz de Sousa Santos, o JL Semeador, na Lapa, ou melhor Lapinha, o lugarzinho que escolhi para morar -
A VIDA SEM ROMANCE
não tem a mínima chance
de se fazer completa
esvaindo-se, feito água na sarjeta.
A vida sem romance
é sobremesa sem doce
paixão sem fogo
que vem e acaba logo.
A vida sem romance
passa como se fosse
um único carnaval
depois, quarta de cinzas interminável.
A vida sem romance
é lugar sem viço
se assim vives, sem vontade
caia fora, antes que seja tarde.
- por JL Semeador, na Lapa, nessa madrugada linda de segunda-feira, 15/08/2011, depois de um domingo que em agosto resolveu dar uma trégua pra gente -
AMORES DE TODO TIPO
é só escolher
o que melhor convier:
Românticos: com direito a poemas,
buquês e bom-bons;
Sado-masoquistas: acompanha
algemas, coleiras e chicotes;
Amores bandidos: sempre,
entre tapas e beijos,
idas e vindas à delegacia;
Amor burocrático: sexo, uma vez
por semana, às quartas,
depois da novela das nove;
Amor moleque: dúvidas,
surpresas e traquinagens;
Amor aventureiro: nunca se entrega
por inteiro, na ânsia por novas paragens;
Amor água-morna: funciona até que apareça
alguém, ocasião em que o caldo entorna;
Amor vulcão: somente à espera
de entrar em erupção;
Finalmente, amor sem adjetivo:
que chega e gruda na alma, feito adesivo,
impossível de arrancar.
- por José Luiz de Sousa Santos, o JL Semeador, na Lapa, lugar de ser feliz, em 03/08/2011 -
NO VINHO A VERDADE ou "In Vino Veritas"
diziam os romanos,
ao erguerem as taças,
sem lugar para enganos.
Na rubro da taça,
à espreita,
de tocaia,
se escondem
o desejo que arde
e incontáveis acenos
que, na alma vicejam:
impulsos secretos,
que arrastam, feito torrente,
tudo por onde passam,
deixando, depois, a paisagem
estranhamente diferente.
Cada gole
anula
o enfraquecido
pudor
e o pouco
senso
de defesa.
Por que não,
ali mesmo,
na mesa,
deixar fluir o vulcão
que insiste em despertar?
Por que não,
agora,
drenar dos corpos
o tesão
em excesso,
libertando o desejo
que insiste em jorrar?
Depois?
- Depois pode ser muio tarde,
pois, a verdade do vinho
é fugaz,
é breve,
apenas um átimo;
que dura, tão-somente
o tempo que se move,
apressado,
no crepitar de uma chama.
- por José Luiz de sousa Santos, o JL Semeador, na Lapa, de mim e de Manoel Bandeira, numa madrugada de sexta-feira, 29/07/2011 -
VIVER ME LEMBRA ALEGRIA
Sentimento suave e pleno
Que, do fundo da alma, irradia,
Da paz o melhor aceno.
Viver me lembra compromisso
Com tudo o que nos rodeia
Desde aquilo que me é preciso
À dor que no mundo campeia.
Viver me lembra aprendizado
Desde as letras e matemáticas
Às lições ofertadas pelo Mundo
Com humildade e sem dramas.
Viver me lembra, enfim, privilégio
Que Deus, por amor, nos ofertou
E mesmo que o viver não seja régio
Será sempre o mais belo show.
- por JL Semeador, na Lapa, que voltou a ser a Lapa, em 28/07/2011 -
POEMA PARA O CORPO DA AMADA
São ternos e delicados,
transmitido à minha pele
o carinho doce e singelo
que te brota do coração.
Tuas mãos, ora tuas mãos. . .
São asas de um passarinho,
desses, mais raros,
que me esvoaçam a alma,
ofertando-me prazer e calma.
Teus braços, ora teus braços. . .
Que tão intensamente me abraçam,
são o fio em que me enlaço,
enquanto flutuo e me desfaço
à luz inebriante dos teus olhos.
Teus olhos, ora teus olhos. . .
São brasas acesas na noite,
como olhos de uma Tigresa,
à espreita da presa,
para devorar e se perder em seu corpo.
Teu corpo, ora teu corpo. . .
Teu corpo é o meu copo,
onde me dessedento
e me embriago com teu vinho
que jorra da tua fonte transbordante.
Tua boca, ora tua boca. . .
Abismo que me traga,
quando gritas, com voz rouca,
(nunca antes, tão desvairada e louca),
Que, enfim, flor desabrochada, gozas.
- por José Luiz de Sousa Santos, o JL Semeador, na Lapa, que se prepara para viver mais uma sexta-feira -
O AZUL DO TEU VESTIDO ou TODA BELEZA DO DOMINGO
dissolveu a névoa e a insensatez,
que se abateram sobre a cidade,
no dia que ainda não se fez.
Azul, por certo, roubado ao céu,
que, mais tarde, de azul, colorir-se-á.
Azul subversivo, a provocar escarcéu,
desde o Rio Grande ao extremo norte do Pará.
Azul! quase verbo, no modo imperativo.
Azul! é a vida quem clama e ordena,
mesmo sem aparente razão ou motivo.
Azul, a azulejar o dia,
para que possa valer a pena
o domingo que principia.
- por JL Semeador, na manhã de domingo da Lapa, 26/06/2011
TEU BEIJO !!
um mundo novo se descortina;
da sorte, ouço o som de um realejo,
desaparece o tédio e a rotina.
O teu beijo tem gosto
de fruta roubada no pé;
nenhuma outra tão gostosa, eu aposto;
polpa madura, sabor raro e forte.
No teu beijo habitam
intensos e insólitos presságios;
é o mais poderoso talismã,
capaz de atender a todos os meus desejos.
Se me beijas a boca, estremeço;
desabo, quando me beijas o pescoço;
se me beijas os olhos, me desfaço,
e num mundo de risos e luzes ingresso.
Assim é o teu beijo:
meu elixir de longa vida.
Outra coisa, não almejo,
que não, a tua boca atrevida.
- por JL Semeador, Lapa, 22/06/2011
O OLHAR É UM PÁSSARO LIVRE
vestido de plumas multicoloridas.
A tudo contempla,
a todos os lugares viaja,
mesmo quando adormecido.
O olhar é a janela da Vida.
E mesmo os cegos,
por entre as trevas,
olham!
Pois, da alma, os olhos,
jamais se fecham.
- por JL Semeador, Lapa, 22/06/2011
REFLEXÕES A CAMINHO DA MORTE
.
Vivo uma fase de mudanças radicais:
nunca mais corri maratonas;
já não amo com há tempos atrás;
na rua, à meia-noite, sinto já ser tarde demais.
Óculos, se os esqueço, vejo-me perdido.
Remédio da PA, não tomar é suicídio.
Antes de cada exame de próstata, muito medo.
Começo a sentir saudade de quase tudo.
Ai de mim, frágil mortal, que do Tempo sinto urgência;
nessa fase da vida que, feito desatada sangria,
gota-a-gota, nos é drenado o viço e a alegria.
Ai de mim, que ainda aparento cinquenta,
mas, de Ísis, sinto-me cada vez mais perto;
- a cata de moedas - barco de Caronte esperando-me no Porto.
- por JL Semeador, Lapa: 17/06/2011
REMÉDIO PARA MAL DE AMOR
para mal de amor.
Algo que afugenta o fastio
e a dor,
que vem e se instala
feito incômoda mala,
repleta de inservíveis pertences,
sentimentos que restaram apodrecidos,
e que não encontramos aonde deixar.
Ah, o nome do remédio milagroso
é outro amor, muito mais gostoso.
- por JL Semeador, em 09/06/2011
SAUDOSISMO
Já não se escreve cartas à mão
Já não se dorme de pijama
Já não se ama para sempre
Já não se diz "meu bem", como antigamente
Já não se fabricam coisas de longa duração
Já não se vive a vida em calma
Já não se janta em família, que eu me lembre. . .
Tudo, de repente, tão mudado
Tudo virado, de ponta-cabeça
Tudo desobedecendo as regras antigas
Tudo desorganizado, um enorme caos
Tudo fora de ordem, ao olhar que mira o passado
Tudo incrivelmente novo e com pressa
Tudo a nos impelir a mudanças
Tudo, ainda, ao alcance de nossas mãos. . .
- por JL Semeador, em 08/06/2011
NA DELICADEZA DE UM BEIJO
um quê de de infinita imensidade,
uma nota suave, um leve harpejo
saído do coração: afinado alaúde
A entoar cânticos ao deus Eros,
na inebriante emoção do momento
em que, antevendo divinos gozos,
o espírito entrega-se, absorto,
Na magia das bocas unificadas,
a destilarem o néctar da vida,
a mais pura de todas as essências;
Solução mágica onde florescerá
o amor - encanto maior da vida,
e a paz, que o mundo iluminará.
- por JL Semeador, em 03/06/2011
MORADAS DO HORROR HUMANO
na treva, em porões fechados
a cadeado, no vão de escadas
úmidas e sombrias.
O horro humano mora
aonde moram todos os fantasmas:
debaixo de minha cama de menino,
em todos os vazios de um coração,
na noite tempestuosa de cada drama,
na triste e fria sala de estar
da ignorância humana.
Não há nenhum lugar
onde o horror humano não more,
ocupando, como gás,
os ambientes,
impregnando os ossos
e a mente;
nada lhe fazendo frente,
a não ser um certo ar de desafio,
insolente,
e uma inesgotável coragem de viver,
cultivada tempos a fio.
O horror humano é irmão
do medo e teme
a claridade
das idéias novas
e o vento renovador da liberdade.
- por JL Semeador, em 26/28/ MAIO/2011
DIGAMOS NÃO AO PLÁGIO !!
não passa de uma alma vazia.
Quem diz ser seu o que não é,
coitado, é um pobre de um zé-mané.
Está na hora do respeito,
de agir dentro da ética.
Digamos não ao plágio inepto,
rejeitando a hedionda tática.
A arte e tudo o mais
precisa ser depurada.
Gente cínica e falastraz,
Mais falsa que nota de duzentos,
deve ser encaminhada
ao monturo, junto com outros lixos.
- por JL Semeador, em 12/05/2011
O RIO ANOITECE EM POESIA
Há um vento meio frio
pelas ruas,
mas que não afugenta a alegria
e, sim, o vazio
que assalta as almas
nesses momentos
quase serenos.
Um bar aberto
na Lapa.
Um gosto,
na boca, de sopa.
Um poema surgindo
na tela.
A imaginação subindo
feito uma bola
de gás,
que escapou da mão
do menino,
para não voltar
nunca mais,
partindo-lhe o coração,
ensinando-o a perder,
desde pequenino.
O telefone toca.
O coração bate.
A vontade é louca.
Nada que do verso me afaste.
Nada que me desensine
a esperança,
ou que, do meu peito, drene
essa sina, de nascença,
de acreditar
na infinita possibilidade
de amar,
como caminho único de felicidade.
- por JL Semeador, em 11/05/2011, num início de noite da Lapa
P A L A V R A
LA LA
VRA LA PA
- por JL Semeador, em 08/05/2011
MAMÃE !!
Mãe-Natureza
Mãe-d' Água
Mãe-Pátria
Mãe-de-Santo
Mãe-Benta
Mãe-Maria
MAMÃE !!
- por JL Semeador, em 08/05/2011 -
UM VIOLÃO E UM POEMA AO CAIR DA TARDE
finda-se em acordes de violão.
A lua, sempre à espreita,
antecipa, lentamente, a escuridão.
Enquanto a noite
não vem, de todo;
enquanto a hora não é sete,
eu venço o medo
e escrevo versos,
engarrafados no trânsito,
que saem dos meus vãos escuros
e dos meus invisíveis porões.
Mas, enquanto o violão insiste
em preencher de sons
o declínio do dia,
eu também insisto
em não ser triste,
em flutuar rumo
aos teus sobretons
e ao teu olhar,
que na ausência do Sol,
só pra noite contrariar,
o poente incendeia.
- por JL Semeador, em 25/04/2011
AMANHECI OUVINDO ESTRELAS
Sabem. . . aquelas últimas
que insistem em brilhar nas manhãs,
desafiando o sol; dos notívagos
fazendo-se íntimas.
Sensação, de todo, inusitada.
Torrente a invadir-me a alma, em revoada,
a descerrar portas fechadas à novas percepções.
Cá dentro, sensação de terremotos e furacões.
Suave volúpia da inspiração alforriada.
Por não encontrar da chave da casa,
num ímpeto, arrompei a porta,
escapando, por fim, duma esperança duvidosa.
Do lado de fora, envolto em música e luz,
Nem pensei em voltar para fechar a porta,
que restara escancarada.
Apenas, aprumei o corpo, e segui. . .
Sem tempo nem de olhar pra trás.
- por JL Semeador, 16/04/2011
AMOR NÃO TEM IDADE
- Amor não tem idade!
Na adolescência,
tem cheiro de inocência
e descoberta;
na idade adulta,
já sem tantas primeirices,
ainda assim faz, da vida, festa,
certo de que, amar é a única
coisa que presta;
e de trazer a paz ao Mundo,
só ele é capaz.
Amor?
- Em qualquer momento da vida é bom.
Quando jovem,
os hormônios fervem;
mais tarde, o encanto persiste.
E mesmo no outono
dos anos avançados
é lindo ver dois pombinhos abraçados.
Amor?
- Só sei dizer
que amor é a coisa mais fácil,
que nunca se ama demais;
todo amor é medida certa
e, se a alegria não traz:
- cara, repense,
você tá amando errado,
buscando um modo complicado
para o que é simples e natural.
- por JL Semeador, em 15/04/2011
VOCÊ É ASSIM
- Emoção intensa,
Alegria imensa,
Na pele, cheiro de jasmim.
Você é doce- de- leite
Você é doce deleite;
Um pé-de-vento, um furacão,
Quando o que fala é o coração.
Você é aroma do campo
Logo depois da chuva.
Um poema passado a limpo;
Inspiração que o vento não leva.
Você. . . Que sempre deixa saudade,
Por todo o lugar que passa;
Que, tudo o que faz, é de verdade,
Revele, só para mim, o segredo da tua graça.
- por JL Semeador -
Para Denise Pires, pessoa linda e querida.
Beijo
Beijaram-se!
E fizeram a Terra parar
e no mesmo segundo voltar a girar,
apenas para se fazer terremoto.
E não restou pedra sobre sobre pedra,
depois do cataclisma.
Nem árvores, nem prédios,
nem qualquer mortal sobreviveu;
a não ser os amantes,
esquecidos da vida,
num beijo.
- por JL Semeador, em 30/07/2009
POEMA FEITO DE LÁGRIMAS (Para as meninas e meninos de Realengo)
chora lágrimas de sangue.
Hoje o meu poema
chora lágrimas que não há quem estanque.
Hoje o meu poema
chora por meninos e meninas
tão precocemente arrancados da vida,
sem tempo de a verem desabrochada.
Hoje o meu poema,
o bairro onde eu nasci,
pais e mães
e toda a minha cidade
choram de um modo
que eu nunca vi.
Hoje, o meu poema,
tão-somente chora. . .
- por JL Semeador, em 07/04/2011 -
MULHER: CRIAÇÃO BONITA DEMAIS
bonita demais.
Tem tanta graça,
tamanho encanto,
que desejo, apenas,
se não for pedir muito,
sempre que possa,
estar bem junto
dessa coisa preciosa.
Mulher é algo
por demais adorável,
em seus insondáveis segredos,
suas muitas armadilhas,
seus múltiplos perigos:
sorrisos de mel,
que tecem enredos
de inimagináveis tramas.
Mulher é a alma
desse mundo insano,
tão loucamente despropositado,
em seu desamor,
que só imerso na calma
da noite tranquila de sono,
dormida em paz ao seu lado,
a vida retoma sentido e cor.
- por JL Semeador, 30/03 a 05/04/2011
O GOSTO DO SILÊNCIO
poucos o sabem,
a não ser aqueles
que, muitas vezes,
ano-após-ano,
tiveram de secar
as próprias lágrimas,
calar seus gritos
e engolir a fria taça de fel
do desengano,
como se fosse
o ato mais agradável.
O gosto do silêncio
tem sabor de morte,
de calor em tempo de estio,
de espinha de peixe
entalada na garganta,
de cachaça barata
que mais arde
que embriaga,
de noite passada
rolando na cama
sem que se haja dormido.
O gosto do silêncio
é de veneno insidioso,
de praia com frio
e chuva,
de bacanal sem uva,
de sino mudo
que não retine,
de zoológico sem macaco,
de namoro sem cio,
de cortar a própria carne
e ter de provar um naco.
- por JL Semeador, em 04/04/2011
A ÁGUA ASSASSINA DE FUKUSHIMA - ou - PARA QUE O PLANETA SOBREVIVA
A ÁGUA ASSASSINA DE FUKUSHIMA
A água de Fukushima não fede
A água de Fukushima não cheira
A água de Fukushima não mata nem uma só sede. . .
A água de Fukushima queima
A água de Fukushima contamina
A água de Fukushima mata!
A ignorância de Fukushima é cega
A prepotência de Fukushima apavora
A mentira de Fukushima é covarde
A hipocrisia dos governos é cômica. . .
Digamos não à agua assassina de Fukushima!
Digamos não, de novo, ao genocídio de Hiroshima!
Digamos não à incompetência de Chernobil!
Digamos não, para sempre, à segurança nuclear impossível!
Digamos não, por amor à vida, à estupidez de Angra dos Reis!
Digamos não à anti-rosa radiotiva,
Para que o Planeta sobreviva!
- por JL Semeador, em 03/04/2011
OUTONO, PRAZERES SUTIS
De repente, folhas secas pra todo lado
e uma brisa leve,
eriçando a pele,
no cair da tarde.
Outono e suas tardes brancas,
ornadas de cores suaves:
Carícia nos olhos fartos do verão.
Na cozinha cheiro de chá de maçã,
Na alma um quê de melancolia e mistério.
Outono, um convite aos devaneios
e a toda sorte de prazeres sutis,
escondidos em suas noites lentas,
pontuadas por gritos e sussurros,
que se esvaem nas névoas matinais.
Outono, um hiato.
Um alento breve
com ares de eterno,
feito fumaça de cigarro
em filme preto e branco.
Outono, simplesmente. . .
- por JL Semeador, na madrugada de 27/03/2011
Assim é meu Rio
Alegria por todo o lugar.
Impossível ficar sério.
Quer ser feliz? - Vem pra cá!
Aqui se aprende a amar.
Na tristeza, dê um chega pra lá. . .
- por JL Semeador, um carioca perdidamente apaixonado pela minha cidade -
poema para os teus seios e demais encantos
Nada preenche melhor
a minha mão
e, também, o meu coração,
do que teus seios.
Minha vida
um novo sentido veste
quando minha mão atrevida
penetra o teu decote.
Teus seios
são deliciosos aperitivos
de outros tantos encantos
no teu vestido escondidos.
Em homenagem aos teus seios,
esgue-se ereto o meu falo,
à espera, expectante,
dos teus carinhos e beijos.
JL Semeador
POEMA PARA OLGA ISADORA
Todo pai, que tem uma filha,
Assim, bonita e inteligente,
A cada dia o olho brilha
E a alegria invade a mente.
A minha filha foi escolhida
Desde o momento da concepção,
Para dar sentido à minha vida
E adoçar o meu coração.
Assim é Olguinha Isadora:
Mulher-menina que fascina,
Desde o papai, que a adora,
Aos demais membros da família.
Filha amada! Prossigas na tua sina
De sempre semear alegria.
- por JL Semeador, em 16/02/2011 –
que não me deixa dormir. . .
Ah, essa brisa refrescante,
que sopra do mar,
iludindo o Morro de Santa Teresa,
só para me despertar
e me manter alerta. . .
Ah, essa lembrança tua,
que insiste em não ir embora,
apesar da incoveniência da hora. . .
Ah, como é estranho estar sozinho,
eu e o barulho do primeiro ônibus,
a carregar estranhos e seus pensamentos. . .
Ah, os primeiros rumores do dia,
a antecipar mais um dia de sol e calor. . .
Ah, o bem-te-vi que começa a cantar,
com a infinita pureza,
só possível, aos que sabem voar. . .
Ah, minha cidade bonita,
seu verde, sua gente, seus pássaros,
tão bem retratados nas canções de Tom Jobim. . .
Ah, meu Maestro Soberano,
se não tivesses subido para o andar de cima,
nessa semana, completarias mais um ano. . .
Ah, vida vida vida vida vida. . .
Ah, essa vontade de não sei o quê,
tão intensa, que dói, feito ferida. . .
- por JL Semeador, em 27/01/2011
Uma a fitar, meio triste, o passado;
a outra, com esperança, mirando à frente.
Janeiro e suas sempiternas alegrias.
Tempo de férias, anualmente, agendado;
seus temporais, seu excesso de águas.
Janeiro e seu eterno jeito-menino.
Um clima de romance e verão, no ar, sorrindo;
Uma sede de vida, um desejo sem tino.
Janeiro e a minha Cidade à espera do carnaval.
Gringos e negras, abraçados, que o amor é lindo;
apenas homem-mulher: a coisa mais natural.
Janeiro e com o futuro não te apavores.
Tudo, o que antes não deu certo, é passado;
Da própria vida, sejamos os autores.
- por JL Semeador, em 1° de janeiro de 2011, em plena Cidade Maravilhosa
CALCINHA PRETA
A imensa vontade de você
Levava-me aos cimos da excitação e do desejo,
Imaginando-te
Nua, a mim ofertando-se. . .
Havia, - avistei ao despir-te -,
A mais linda calcinha,
Preta e delicada,
Resguardando-te a intimidade.
Emocionado, ante tamanha beleza,
Torne-me teu homem,
Aquele que te faz mulher e feliz.
- por José Luiz de Sousa Santos, o JL Semeador -
guarda um flor.
Rosa, pelo orvalho umedecida,
à espera do amor.
Saudade da tua ternura estreita,
do teu suspirar, enquanto gozas,
de forma nada discreta,
parecendo que transbordas
De dentro do corpo em tremores,
de onde a alma escapa, em êxtase,
exalando pelos ares,
E deixando, na lembrança, perfume
intenso, a perfeita dose,
para o meu desejo e fome.
- por JL Semeador -
Calcinha Rosa bebê
vestindo o mais claro rosa.
Esse bebê é você.
minha flor mais preciosa.
JL Santos
Escrevo com caneta de tinta,
da marca Parker Quink,
sobre a beleza escondida
dentro da tua calcinha pink.
JL Semeador
o meu favorito link
think think think
fique fique fique. . .
JL Santos
O céu, hoje, não se fez azul.
Mas sei que ele apenas está oculto;
esperando passar o momento difícil,
para eclodir em cor e encantamento.
JL Santos
a sinalizar, em nós, um momento novo,
em que eu descubro, mais uma vez,
que te namorar é mais que dez!
JL Santos
Sou poeta criativo.
Pinto o sete.
Sem o amarelo, não vivo
JL Santos
Sob um manto de amarelo intenso
repousa a fonte de prazer supremo,
o lugar divinal, que cheira a incenso:
a cálida e rara flor, que tanto estimo.
JL Santos
A cor é palha.
O amor, intenso.
Você, minha trilha.
Em mais nada penso.
JL Santos
Eu preservo a natureza,
da minha oncinha, cuidando bem;
linda, felina, uma beleza,
que me devora, mas me quer bem.
JL Santos
A Alegria do Vinho
Amo, do vinho, a alegria.
Sua cor rubra ou clara.
O suave buquê que anuncia
A delícia mais que rara,
Que repousa oculta
Por detrás da lucidez,
Que, uma vez transposta,
Leva ao gozo e à embriaguez:
- Caminho delirante e lúdico;
Jornada rumo a universos:
Igual a nenhum outro sonho épico
De tempos passados, medievais.
Assim és tu: Bela entre as belas.
Assim me deixas: Em ti, de olhos postos.
- por JL Santos, em 21/set/2010 -
Veja só uma coisa.
Coisas tão mínimas,
como a tua calcinha rosa,
são as maiores delícias.
JL Santos
de marrom e preto, listrada.
Apesar de oculta à vista,
sei que é a coisa mais linda.
JL Santos
Um gatinho cor de uva,
guardando tua linda vulva,
dentro da calcinha lilás,
para um gato, que te ama demais.
JL Santos
Florzinhas vermelhinhas
são, do natal, meu presente.
Guardam encantos, delícias:
A minha estrela cadente.
JL Santos
Dizes, que cinza é cor de agosto.
Cor de agosto, que nada!.
Desse cinza eu gosto:
Moldura da tua flor, que é linda!
JL- Santos
Calcinha Laranja
Da laranja, gosto do suco
que fácil escorre
e desperta um desejo louco
de que na minha boca jorre.
JL Santos
Bolinhas cor-de-rosa
giram em torno da Lua,
enquanto você goza,
minh' alma dentro da tua.
JL Santos